José Maria de Eça de Queirós nasceu em 1845, em Póvoa do Varzim, norte de Portugal. Ingressou aos dezesseis anos na Universidade de Coimbra, de onde saiu formado em direito. Nesse período reuniu-se a outros jovens literatos, como Antero de Quental, que formaram o grupo conhecido como a Geração de 70. Foi em Coimbra também que Eça assistiu à organização da “Questão Coimbrã”, em 1865, cuja realização é considerada marco histórico da instalação do Realismo-Naturalismo em Portugal.
Mudou-se para Lisboa, atuando como jornalista, profissão que continuaria a exercer em Évora e em sua volta para a capital. No início de sua carreira como escritor, Eça havia sido até então um adepto do Romantismo. Contudo, na volta a Lisboa, tomou parte no grupo de intelectuais conhecido como “O cenáculo”. Sob a influência do escritor Gustave Flaubert e do teórico anarquista Pierre-Joseph Proudhon, aderiu ao Realismo.
Publicou, em parceria com Ramalho Ortigão, o romance O mistério da estrada de Sintra, em 1870. Ao mesmo tempo que escreveu importantes obras realistas, tais como O crime do padre Amaro (1876) e O primo Basílio (1878), ingressou na carreira diplomática e, dois anos depois, assumiu o posto de cônsul em Havana — seguida por cidades europeias, onde permaneceu por catorze anos.
Em 1900, depois de uma visita a Portugal, Eça de Queirós faleceu em sua residência na França, de tuberculose.
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