Um verdadeiro panorama da gênese e ascensão de uma burguesia que fez fortuna com o comércio do café no Brasil, além de retrato de uma sociedade machista e desigual, cujas relações de trabalho são ainda marcadas pela sombra da escravidão.
Informações editoriais
Autora: Júlia Lopes de Almeida
Prefácio: Rafael Balseiro Zin
Prefácio: Rafael Balseiro Zin
Capa: Arthur Lamas
Diagramação: Abordagem Editorial
Edição: Julian F. Guimarães
Preparação: Maitê Acunzo
Revisão: Adriana Bairrada
Diagramação: Abordagem Editorial
Edição: Julian F. Guimarães
Preparação: Maitê Acunzo
Revisão: Adriana Bairrada
Gênero: Literatura brasileira
Lançamento: 5/4/2021
Páginas: 352
Formato: 14 x 21 cm
Acabamento: Brochura (PUR)
ISBN: 978-65-88858-08-0
Lançamento: 5/4/2021
Páginas: 352
Formato: 14 x 21 cm
Acabamento: Brochura (PUR)
ISBN: 978-65-88858-08-0
Antes de navegar pela narrativa que Júlia Lopes de Almeida oferece, nesta edição, convidamos você a conhecer mais sobre a autora, por meio do prefácio escrito pelo sociólogo Rafael Balseiro Zin, intitulado “O percalço de Júlia”.
Sinopse
Lançada pela primeira vez em 1901, A falência, de Júlia Lopes de Almeida, constrói o retrato de uma burguesia brasileira surgida a partir do comércio de café no final do século xix, período marcado por relações de trabalho ainda atravessadas pelo espectro da escravidão.
Ambientado na cidade do Rio de Janeiro em 1891, isto é, três anos depois da abolição da escravatura (ocorrida em 1888 com a Lei Áurea), neste romance somos apresentados à personagem Camila, jovem bela e humilde que se casa com o rico comerciante de café Francisco Teodoro. A relação entre ambos é estabelecida antes em razão da comodidade proporcionada pela riqueza do rapaz do que propriamente por amor, sentimento este que a moça descobrirá tardiamente nos braços do doutor Gervásio.
No entanto, após um negócio malsucedido, Francisco e sua família são levados à falência, o que colocará à prova seu modelo ideal de família. Neste livro, apontado como a obra máxima de Júlia Lopes de Almeida, o leitor é confrontado com questões econômicas e morais de uma sociedade fortemente patriarcal e racista, cujo destino está fatalmente ligado à ruína.
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sobre a autora
Júlia Valentim da Silveira Lopes de Almeida, mais conhecida por Júlia Lopes de Almeida, nasceu no Rio de Janeiro, em 24 de setembro de 1862. Filha de Valentim José Silveira Lopes e de Antonia Adelina Lopes, ricos imigrantes portugueses, teve acesso a uma boa educação. Em 1886, mudou-se para Lisboa, onde conheceu e se casou com o poeta português Filinto de Almeida, em 28 de novembro de 1887. Um ano depois, em 1888, voltou ao Brasil.
Foi uma grande defensora da educação feminina e da abolição da escravatura. Embora tenha participado do planejamento e da criação da Academia Brasileira de Letras — ABL, seu nome foi preterido para figurar na lista de membros fundadores da Academia em favor do marido, Filinto, com o objetivo de manter a ABL exclusivamente masculina. Em 1925, sua família fixou residência em Paris, onde permaneceu por seis anos. Retornando ao Brasil, faleceu em sua cidade natal aos 72 anos, em 1934, vítima de malária.