Neste livro você encontrará todos os elementos que marcaram a obra do autor português, como a crítica aos valores conservadores e às instituições burguesas de sua época (e que perduram ainda hoje).
Informações editoriais
Autor: Eça de Queirós
Posfácio: Antonio Augusto Nery
Posfácio: Antonio Augusto Nery
Capa: Arthur Lamas
Diagramação: Abordagem Editorial
Edição e preparação: Julian F. Guimarães
Revisão: Nestor Turano Jr.
Diagramação: Abordagem Editorial
Edição e preparação: Julian F. Guimarães
Revisão: Nestor Turano Jr.
Gênero: Literatura portuguesa
Lançamento: 18/8/2020
Páginas: 344
Formato: 14 x 21 cm
Acabamento: Brochura (PUR)
ISBN: 978-65-80491-10-0
Lançamento: 18/8/2020
Páginas: 344
Formato: 14 x 21 cm
Acabamento: Brochura (PUR)
ISBN: 978-65-80491-10-0
A ironia e o humor de Eça também estão presentes no romance, que reflete sobre a falsidade e dissimulação nas relações humanas e as aparências que cobrem as dinâmicas estabelecidas entre as pessoas. Nesse sentido, o subtítulo que o próprio autor inseriu no livro é mesmo perfeito: “Sobre a nudez forte da verdade, o manto diáfano da fantasia”.
Sinopse
Teodorico Raposo é um jovem boêmio e libertino. Órfão muito cedo, embarca para Lisboa a fim de morar com sua tia Maria do Patrocínio, mulher devota e avessa às coisas mundanas, ao mesmo tempo dona de uma fortuna incalculável.
Ele sonha em viajar para Paris e participar das festas que seus amigos relatam; Patrocínio, no entanto, julga a cidade um ambiente corrompido e inapropriado para o seu sobrinho. Com o objetivo de herdar a fortuna de sua tia, Teodorico disfarça seus desejos e ambição e aceita viajar à Terra Santa, prometendo-lhe trazer de lá uma “relíquia milagrosa”.
Publicado em 1887, em Portugal, A relíquia é um dos livros mais irreverentes de Eça de Queirós e se insere entre os grandes romances publicados pelo autor.
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sobre o autor
José Maria de Eça de Queirós nasceu em 1845, em Póvoa do Varzim, norte de Portugal. Ingressou aos dezesseis anos na Universidade de Coimbra, de onde saiu formado em direito. Nesse período reuniu-se a outros jovens literatos, como Antero de Quental, que formaram o grupo conhecido como a Geração de 70. Foi em Coimbra também que Eça assistiu à organização da “Questão Coimbrã”, em 1865, cuja realização é considerada marco histórico da instalação do Realismo-Naturalismo em Portugal.
Mudou-se para Lisboa, atuando como jornalista, profissão que continuaria a exercer em Évora e em sua volta para a capital. No início de sua carreira como escritor, Eça havia sido até então um adepto do Romantismo. Contudo, na volta a Lisboa, tomou parte no grupo de intelectuais conhecido como “O cenáculo”. Sob a influência do escritor Gustave Flaubert e do teórico anarquista Pierre-Joseph Proudhon, aderiu ao Realismo.
Publicou, em parceria com Ramalho Ortigão, o romance O mistério da estrada de Sintra, em 1870. Ao mesmo tempo que escreveu importantes obras realistas, tais como O crime do padre Amaro (1876) e O primo Basílio (1878), ingressou na carreira diplomática e, dois anos depois, assumiu o posto de cônsul em Havana — seguida por cidades europeias, onde permaneceu por catorze anos. […]