“Aquela não é uma mulher, é um misto monstruoso de tudo quanto há de formoso, celeste e adorável, e de tudo quanto há de abominável e infernal.”
Informações editoriais
Autor: Bernardo Guimarães
Posfácio: Maurício Cesar Menon
Capa: Arthur Lamas
Diagramação: Abordagem Editorial
Edição: Nestor Turano Jr.
Preparação: Julian F. Guimarães
Revisão: Abordagem Editorial
Gênero: Fantasia
Lançamento: 8/11/2019
Páginas: 224
Formato: 14 x 21 cm
Acabamento: Brochura (PUR)
ISBN: 978-65-80491-05-6
Ao cumprir seu papel de femme fatale, Regina, protagonista desta obra, se impõe como um questionamento a um mundo patriarcal no qual as mulheres eram relegadas a segundo plano, sem muita força de expressão, rejeitando a submissão, obediência e dependência ao masculino, tão vigentes na sociedade do século XIX.
Sinopse
Considerada por muitos como “filha das ondas” — por, ainda criança, ter sido encontrada à beira da praia em circunstâncias misteriosas —, Regina, agora adulta, deve cumprir o seu papel na sociedade e parar de recusar a todos os seus pretendentes, como vinha fazendo categoricamente até então.
Um evento fatal leva os cidadãos a se postarem mais firmes na ideia de que Regina não é somente aquela graciosidade e formosura, mas sim um espírito diabólico oriundo de uma misteriosa ilha flutuante, cujas ondas revoltas afastam inclusive os marinheiros mais experientes.
Sem razões para seguir com as aparências, Regina decide atender aos chamados daqueles sinistros rochedos em alto-mar e abraçar sua verdadeira natureza — mesmo que para isso ela tenha de deixar para trás um rastro de corações despedaçados.
Em um dos primeiros romances fantásticos da literatura brasileira de que se tem registro, Bernardo Guimarães presenteia o leitor com uma narrativa de altíssima qualidade, que se mantém incomum mesmo nos dias de hoje.
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sobre O autor
Bernardo Joaquim da Silva Guimarães nasceu em Ouro Preto, Minas Gerais, em 15 de agosto de 1825, e foi, além de acadêmico e jornalista, um importante romancista e poeta, marcando a segunda metade do século XIX com obras que são lidas e estudadas até os dias de hoje. É o patrono da Cadeira nº 5 da Academia Brasileira de Letras.
Filho de Joaquim da Silva Guimarães, também poeta, e Constança Beatriz de Oliveira, viveu em Uberaba e Campo Belo até os dezesseis anos, retornando a Ouro Preto apenas no ano seguinte, onde concluiu seus primeiros estudos. Em 1847, retornou aos estudos na Faculdade de Direito de São Paulo, onde conheceu Álvares de Azevedo e Aureliano Lessa, tornando-se inseparáveis amigos. O triou encabeçou a fundação da Sociedade Epicureia, um movimento estudantil que bebia da fonte, sobretudo, da produção literária do poeta britânico Lord Byron. No ano de sua colação de grau, 1852, publicou seu primeiro livro de poemas, Cantos da solidão.
Foi por duas vezes juiz municipal e de Órfãos de Catalão, em Goiás, primeiro entre 1852-4 — no entanto, em 1858, mudou-se de volta para o Rio de Janeiro, onde acabou caindo nas graças do jornalismo e da crítica literária até seu retorno a Goiás —, e entre 1861-4, período em que passou a ocupar interinamente todo o juizado. Logo no ato de sua posse, Guimarães convocou um júri sucinto para libertar onze réus, instalados em condições precárias. […]

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